segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Catolicismo Segundo às Escrituras

Pr. Antônio Pereira Júnior
E-mail: oapologista@yahoo.com.br

I - INTRODUÇÃO
A Igreja Católica Apostólica Romana ou catolicismo romano é um dos três ramos do Cristianismo que, com os protestantes e ortodoxos, formam sem dúvida nenhuma o maior grupo dentro do Cristianismo.
No entanto, reconhecemos que o catolicismo romano, embora tenha incorporado muitas doutrinas antibíblicas, preservou também doutrinas fundamentais do Cristianismo.

II - CONSIDERAÇÕES GERAIS:
1.FONTE DE AUTORIDADE RELIGIOSA: A BÍBLIA E A TRADIÇÃO
“As verdades que Deus revelou acham-se na Sagrada Escritura e na tradição”
("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 160, resposta à pergunta 870).
“Respondendo à pergunta de como se pode ter consideração à tradição, foi dito que: A tradição deve ter-se na mesma consideração em que se tem a Palavra de Deus contida na Sagrada Escritura”.
(“Idem", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 162, resposta à pergunta 887).


Explica a Igreja Católica ainda o que abrange a tradição:
“A tradição é a palavra de Deus não escrita, mas comunicada de viva voz por Jesus Cristo e pelos apóstolos, e que chegou sem alteração, de século em século, por meio da Igreja, até nós” ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976; resposta à pergunta 885, p. 162).
Continua ainda a esclarecer que “os ensinamentos da tradição acham-se principalmente nos decretos dos Concílios, nos escritos dos santos padres, nos atos da Santa Sé, nas palavras e nos usos da Sagrada Liturgia”. (“Idem", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; resposta à pergunta 886, p. 162).


Resposta Apologética:
Sabemos que toda instituição possui suas tradições, uso e costumes, e que em alguns casos essa tradição é salutar: Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa (2 Ts 2.15). E louvo-vos, irmãos,porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei (1 Co 11.2) e: Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho;porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia. Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós (2Tm 1.12-14).
No entanto, quando essa tradição contradiz as Sagradas Escrituras, ela deve ser rejeitada: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais (1 Pe 1.18). A tradição pode tornar-se uma traição ao Evangelho: E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus (Mt 15.6). A Igreja Católica Romana no Concilio de Tolosa, em 1222, proibiu a leitura da Bíblia aos leigos, passando a tradição a ter mais autoridade do que a Palavra de Deus. Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos dos homens; porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição (Mc 7.7-9).
É dever de todo o homem ler a Bíblia. E somos orientados a agir dessa forma pela própria Palavra (Dt 6.6-7; 31.11-12; Js 1.8; Is 34.16; At 17.11; 2Tm 3.15-17). Os cristãos evangélicos sustentam que, em matéria de fé e prática, a Bíblia é suficiente. Cremos, ser a Bíblia a Palavra de Deus, única regra infalível de fé e conduta para a vida e o caráter cristão (Pv 30.5-6; Mt 15.1-3; At 20.27; 1 Ts 2.13; 2 Tm 1.5; 3.15-17).Aceitamos a tradição que confirma, aponta, indica para a Bíblia, que está de acordo com as Sagradas Escrituras, e simplesmente como mero apêndice e nunca igual ou superior à gloriosa Palavra revelada de Deus. Advertência de se tirar ou acrescentar algo a Palavra (Ap 22.18-19).


2.A IGREJA ATRAVÉS DOS SÉCULOS

Deus sempre reservou um povo Seu através da História. Sempre houve os que rejeitavam a autoridade papal e o padrão imposto pela Igreja, eles eram a Igreja de Jesus Cristo. Dentre eles mencionamos os cátaros, os albigenses, os valdenses.

PAGANIZAÇÃO DA IGREJA ROMANA





3. O CULTO CATÓLICO

Não é necessário sequer estudar os dogmas da Igreja Católica para se perceber o seu desvio do Cristianismo autêntico e, para isso, basta assistir a uma missa. Todo aquele aparato e ritual é característica do paganismo. Ninguém encontra esse modelo de culto no Novo Testamento. No culto judaico, do Antigo Testamento, havia esse aparato por causa do significado e da simbologia com a vida e obra do Messias, isso está explicado na epístola aos Hebreus. Além disso, esses ritos judaicos eram apenas no tabernáculo e depois no templo, nunca nas sinagogas. Nada há em comum entre a missa da Igreja Católica e o culto cristão registrado no Novo Testamento. O culto cristão é simples.







4. CRESCIMENTO QUE ASSUSTA

Não temos a intenção de atacar nenhuma religião. Devemos amar e respeitar os católicos, e ser bons amigos deles. Muitos deles são tementes a Deus e estão preocupados com a sua salvação.
a) É dever de todos respeitar a religião dos outros. Evangelizar não é sinônimo de desrespeitar a religião e símbolos sagrados dos outros;
b) Crescendo pelo poder do Espírito Santo. A revoada dos católicos para as igrejas evangélicas é grande. Isso tem preocupado o catolicismo romano. Nós crescemos e expandimos pelo poder do Espírito Santo, mesmo sob as perseguições do clero. Jesus disse que quem converte o homem é o Espírito Santo (Jo 16.8-11).


III - OS LIVROS APÓCRIFOS
Os livros apócrifos nunca fizeram parte do Cânon Sagrado dos judeus, isto é, na Bíblia hebraica, até hoje. Esses livros e alguns outros aparecem na Septuaginta. A Bíblia hebraica, ainda hoje, está dividida em três partes: Lei, Hagiógrafos (Escritos Sagrados) e Profetas. Segundo Josefo, era essa a divisão da Bíblia do primeiro século. Essa mesma divisão aparece em Lucas 24.44, sendo que Salmos representam os Hagiógrafos. Nesse Cânon não constam os apócrifos.

A palavra apócrifo vem do grego apochriphos e significava escondido, impuro, espúrio (não legítimo). Em1546, o Concilio de Trento, convocado pela Igreja Católica, oficializou definitivamente a inclusão, na Bíblia, de sete livros e quatro acréscimos aos livros canônicos, como seguem: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, 1 e 2 Macabeus.

1.ACRÉSCIMOS
Ao livro de Ester (???10.4;16.24); Cântico dos três Santos Filhos ao livro de Daniel, de (3.24-90); História de Suzana ao livro de Daniel (capítulo 13); Bel e o Dragão ao livro de Daniel (capítulo 14).
Esses livros e acréscimos foram denominados de deutero-canônicos: (segundo cânon) pelo referido Concilio, para dar-lhes a legitimidade que até então não possuíam. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII.



IV - O PAPADO

1. INSTITUIÇÃO DO PAPADO
Ninguém pode negar a influência político-religiosa do papa entre as nações, mas, biblicamente, esse cargo não existe. A teoria de que Pedro foi o primeiro papa não resiste à análise bíblica. A tradição católica romana diz que Pedro foi papa em Roma durante 25 anos.
“O catolicismo afirma que o Papa, a quem chamamos também Sumo Pontífice ou romano Pontífice, é o sucessor de São Pedro na Sede de Roma, o vigário de Jesus Cristo na terra, e o chefe visível da Igreja”.("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 44, resposta à pergunta 191).


E mais: “Um cristão assim, cuja vida é conduzida pelo Espírito, não porá nunca em questão a obediência de vida às diretivas da Igreja ou do sucessor de Pedro, o Cristo visível na terra”.
("Sereis Batizados no Espírito", Haroldo J. Rahm, S.J. e Maria J.R. Lamego, edições Loyola, São Paulo 1992, 6a edição, p. 38).

NOTA: AS seguintes expressões sobre o papa contrariam a Bíblia:
1 - Sumo Pontífice: Jesus é o Sumo Pastor (1 Pedro 5.4); - É a Ponte ou caminho entre nós e Deus (João 14.6; 1Timóteo 2.5);
2 - O Vigário de Jesus é o Espírito Santo e não o papa (João 14.16-18);
3 - O chefe invisível da Igreja é Jesus. Um Cristo visível só pode ser um falso cristo (Mateus 24.23-24; Efésios 1.20-22).


2. PRERROGATIVAS PAPAIS

Falando das prerrogativas do papa, o ensino católico é o seguinte:
“Pode errar o papa ao ensinar a Igreja? O papa não pode errar, quer dizer, é infalível nas definições que dizem respeito à fé e aos costumes” ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 45, resposta à pergunta 196).
NOTA: Todo o homem é falível (Romanos 3.3-4; Mateus 23.9-11) o único infalível é Jesus, cujas palavras não passarão.

3. SUPOSTO APOIO BÍBLICO
Para fazer essas bombásticas declarações, o papa se vale da pessoa de Pedro. Cita a confissão de Pedro em Mateus 16.16-19: “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus”.Dessa passagem, a Igreja Católica Romana derivou o seguinte raciocínio: Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja Católica está edificada.

Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma e, com isto, distinguiu aquela cidade como o centro do governo eclesiástico e espiritual, que deve reger todas as igrejas em toda parte. Finalmente, por sucessão ininterrupta, toda a autoridade dada a Pedro foi conferida, até nossos dias, à extensa linhagem de bispos e papas, todos vigários de Cristo sobre a Terra (Teoria da Sucessão Apostólica).

4. EXEGESE DE MATEUS 16.16-19: TU ÉS PEDRO, E SOBRE ESTA PEDRA...

A expressão sobre esta pedra relaciona-se com a resposta de Pedro, Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.É sobre Cristo que a Igreja foi edificada, e não sobre Pedro. Jesus afirmou que Ele mesmo era a Pedra (Mt 21.42). Essa afirmação é uma interpretação veraz do Salmo 118.22-24. O próprio Pedro identifica Jesus como a Pedra (At 4.11-12; 1 Pe 2.4-6). Se Pedro foi papa durante 25 anos, então existe algo errado, já que esse apóstolo foi martirizado no reinado de Nero, por volta de 67 ou 68 a.D. Subtraindo desta data 25 anos, retrocederemos ao ano 42 ou 43 a.D. Nessa época não havia ocorrido ainda o Concilio de Jerusalém (At 15), que se deu mais ou menos no ano 48 a.D., ou um pouco depois. Pedro participou do Concilio, mas foi Tiago quem o realizou e presidiu (At 15.13-19).

1.Enquanto Pedro é mencionado na segunda pessoa (tu), a expressão esta pedra está na terceira pessoa.
2.Pedro (petros) é um substantivo masculino, enquanto pedra {petra) é um feminino singular. Consequentemente, essas palavras não têm a mesma referência. Ainda que Jesus tivesse falado em aramaico, o original grego inspirado traz as distinções.
3.A mesma autoridade concedida a Pedro por Jesus estende-se também a todos os apóstolos em Mateus 18.18.
4.Pedro não era representante dos demais apóstolos. Em Mateus 16.22-23 encontramos Pedro sendo repreendido por Cristo à parte dos apóstolos. Os demais apóstolos, por sua vez, também foram exortados por Jesus na mesma ocasião.
5. O impressionante é que até mesmo certas autoridades católicas estão de acordo que a referência estudada não diz respeito a Pedro, o destaque aqui para João Crisóstomo e Agostinho. “Escreveram: Nesta pedra, então, disse Ele, a qual tu confessaste. Eu construirei minha Igreja. Esta Pedra é Cristo; e nesta fundação o próprio Pedro construiu” ("Agostinho - Comentário sobre o Evangelho de João").


Quase todos os papas foram autoritários, como Nicolau V, anos 1447-55, que autorizou o rei de Portugal "a guerrear com povos africanos, confiscar suas terras e fazer escravos”.
1º - Em 1208 exterminaram os cristãos Albaneses.
2º - O FRADE TORQUEMADA, anos 1420-98, comandou por 8 anos a morte de 10.200 protestantes e intelectuais queimados vivos, foi horrível! – o bispo Hooper foi queimado com fogo insuficientemente e gritada: "Mais lenha, aumente o fogo!" Ao seu lado numa caixa estava o papel de perdão, bastava retratar-se, mas não o fez!
3º - Só na Espanha 31.912 cristãos não católicos foram mortos. 291.450 martirizados e dois milhões banidos; a Espanha que era nação poderosa tornou-se país sem expressão!
4º - Carlos V anos 1500-58, eliminou por ordem do papa 50 mil cristãos alemães!
5º - O Papa Pio V, nos anos 1566-72, exterminou 100.000 Anabatistas.
6º - O Papa Gregório XIII, nos anos 1572-85, organizou com os jesuítas o extermínio dos protestantes franceses e na noite de 24 de agosto de 1572 mataram 70 mil deles! – Esse papa comemorou mandando que as Igrejas cantassem o TE DEUN, trocassem presentes e cunhou moedas comemorativas as massacre.
7º - Em 1590 o catolicismo eliminou uns 200 mil cristãos Huguenotes.
8º - O Monarca alemão Fernando II, nos anos 1578-1637 instigado pelos jesuítas começou uma guerra de extermínio aos protestantes; essa guerra religiosa terminou em guerra política e tirou a vida de 15 milhões de pessoas! (1618-48)


O JURAMENTO DOS JESUÍTAS encontra-se no livro "Congressional de Relatórios", pág. 3262 e em resumo diz:
"Prometo ensinar a guerra lenta e secreta contra os protestantes e maçons... queimar vivo esses hereges, usar o veneno, o punhal ou a corda de estrangulamento...farei arrancar o estômago e o ventre de suas mulheres e esmagarei a cabeça de seus filhos contra a parede, a fim de aniquilar a raça!"

"Se eu for perjuro, as milícias do papa poderão cortar meus braços e minhas pernas, degolar-me, cortando minha garganta de orelha a orelha, abrir minha barriga e queimá-la com enxofre, etc.! – Assino meu nome com a ponta deste punhal molhado no meu próprio sangue".


V - O MARIOCENTRISMO CATÓLICO ROMANO (MARIOLATRIA)

A Igreja Católica Apostólica romana tributa a Maria, mãe de Jesus, vários títulos e honrarias que pertencem exclusivamente a Jesus Cristo. Com isso não concordam os evangélicos e isto tem provocado uma animosidade entre católicos e evangélicos, julgando os católicos que os evangélicos desrespeitam Maria, mãe de Jesus. E uma situação que logo vem à baila quando falamos com os católicos sobre Maria. Os evangélicos se esforçam para respeitar Maria dentro do que diz a Bíblia sobre ela, enquanto o ensino católico no Brasil sobre Maria é tão fora da Bíblia que o culto que se presta a Maria pode ser visto como simplesmente Mariolatria. Essa nossa colocação é vista como imprópria pelos católicos, no entanto, a Igreja Romana, na ansiedade de defender eprovar seus ensinos sobre Maria, tornou-se Mariocêntrica, diferente do cristão, que é Cristocêntrico.


A) O Que é Cristocêntrico? É ter Jesus Cristo como centro da fé, como a Bíblia Sagrada nos ensina, ter a Jesus como único e suficiente salvador, mediador, consolador;
B) O Que é Mariocêntrico? É ter Maria como centro da fé, como mediadora, consoladora, intercessora, advogada;
Pode Ser o Cristão Cristocêntrico e Mariocêntrico? Não, ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24), há um só senhor, (1 Co 8.5-6), há um só salvador (At 4.12), há um só mediador (1 Tm 2.5).


Vejamos outros exemplos do Mariocentrismo católico: Existe mais Igrejas Romanas em honra, louvor, adoração e homenagem a Maria, do que a Jesus Cristo;
O terço romano:
O Rosário se divide em três Terços: Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. O Terço é um conjunto de Ave-Marias e Pai-Nossos. São cinquenta Ave-Marias rezadas em grupos de dez, que se chamam Mistério. Após cada Mistério segue um Pai-Nosso. O Terço é a terça parte do Rosário ("Rezemos o Terço", Pe. José Geraldo Rodrigues. Editora Santuário - Aparecida-SP, 1996, pp. 4-5). Se ora mais a Maria, que ao Pai.


POSIÇÃO DE MARIA NA BÍBLIA

Maria procurou interferir na obra salvífica de Jesus por três vezes durante o seu ministério. A primeira vez que Maria assim o fez foi quando Jesus visitou o templo, na idade de 12 anos. E quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? (Lc 2.48-49).
Na segunda vez foi na festa de casamento, em Caná da Galiléia: E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora (Jo 2.3-4).

E a terceira vez foi em Cafarnaum, quando Jesus estava pregando: Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando de fora, mandaram-no chamar. E a multidão assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá fora. E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Portanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha mãe (Mc 3.31-35).

Mesmo quando Jesus foi interrompido no seu discurso por uma mulher que elogiava Maria por lhe ter amamentado e lhe dado à luz, Jesus não elogiou a mulher: Disse a mulher: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste! Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.27-28). Jesus assim falando, afirmou que existe mais bem-aventurança em ouvir a Palavra de Deus e guardá-la do que ter sido filho de Maria.
Em outras ocasiões mencionadas na Bíblia onde Maria aparece, notamos o seguinte:

1. Maria, ao receber a notícia que seria mãe do Salvador, se pronunciou como necessitada de um Salvador:Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador (Lc 1.46-47).
2. Quando os magos visitaram Jesus, na sua infância, dirigiram-se a Jesus e não a Maria. E o que lemos em Mateus 2.11: E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram. como se vê, os magos não adoraram Maria, mas adoraram Jesus.
3. A última referência bíblica a Maria é a que se vê em Atos 1.14 quando ela se encontrava em oração com os demais seguidores de Jesus: Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos. Fora isso, nada mais se lê no livro de Atos sobre Maria, assim como em todo o restante do Novo Testamento.

3. TÍTULOS E HONRARIAS
Existem cerca de 150 títulos dados a Jesus Cristo na Bíblia e que os cristãos precisam conhecer. Se não todos, pelo menos alguns deles devem ser conhecidos. Certamente isso evitará que aceitemos que os títulos atribuídos a Jesus sejam passados para Maria, sua mãe.

4. CONFRONTO ENTRE A POSIÇÃO DE MARIA NA IGREJA CATÓLICA ROMANA E A POSIÇÃO BÍBLICA

Declarações Blasfemas:
Isso motiva então as palavras de Eádmero ao afirmar que nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 208).
NOTA: Hebreus 7.25 afirma que a nossa salvação é efetuada inteiramente por Jesus.

Maria livra do inferno a seus devotos. Um verdadeiro devoto de Maria não se perde ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989 p. 182).
É impossível salvar-se quem não é devoto de Maria e não vive sob sua proteção, diz S. Anselmo, e também é impossível que se condene a Virgem, e por ela é olhado com amor ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 183).

O Padre Marcelo declara: Maria nunca foi motivo de vergonha para Deus, mas motivo de muita alegria. Em sua humildade, fidelidade e capacidade de amar, tornou-se divina. Encontrou-se a si mesma no mistério profundo do amor do Senhor. Aqui veremos o que fazer para ter contato maior com a nossa Mãe que, em todos os momentos, por sua intercessão, nos guarda em seu coração e nos conduz à santidade ("Aprendendo a dizer sim com Maria", Pe. Marcelo M. Rossi, Editora Vozes, 1998, p. 7).

5. ASSUNÇÃO DE MARIA

O ensino católico é:
Na festa da Assunção da Santíssima Virgem, a Igreja celebra a morte preciosa e a gloriosa assunção da Virgem Maria ao Céu. Com a alma de Maria foi levada ao Céu também o seu corpo. A assunção de nossa Senhora em corpo e alma ao céu foi definida pelo Santo Padre Pio XII, em 1o de novembro de 1950 ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976; p. 219, resposta às perguntas 173,175).
NOTA: Jesus é chamado as primícias dos mortos (1 Co 15.20) e a próxima ressurreição, se dará na segunda vinda de Jesus (1 Co 15.22-23, 51-54; 1 Ts 4.16-17).

6. MÃE DE DEUS

O catolicismo romano, contrariando o Evangelho de João 2.1-2 — mãe de Jesus, considera Maria como se ela tivesse atributos da divindade, atribuindo-lhe os títulos: co-Redentora; Advogada; Refugio dos Pecadores; Arca de Noé; Medianeira etc.

Resposta Apologética:

Um dos motivos desse entendimento católico se dá devido à interpretação incorreta do título Theotókos{mãe de Deus) dado a Maria. No Evangelho de João 2.1-2, diz: mãe de Jesus, que na língua grega é meter ton Iesous. O título Mãe de Deus do grego Theotókos, foi dado a Maria no Concilio de Efeso, em 431 a.C. Theotókos, Deípara, era menos assustador do que o português Mãe de Deus,realçava mais a divindade do Filho do que o privilégio da mãe. Exaltava a pessoa de Jesus, reafirmando sua divindade (basta verificar nos documentos da Igreja Os Anátemas de Cirilo de Alexandria, que toda ênfase é dada à pessoa de Jesus).

7. ORAÇÃO A MARIA

Sim desde que Jesus Cristo se dignou escolher Maria por Mãe, estava como Filho realmente obrigado a obedecer-lhe, diz S. Ambrósio. Tem Maria o grande privilégio de ser poderosíssima junto ao Filho, diz Conrado de Saxônia ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário - Aparecida - SP, edição 1989, p. 151).
Ó Maria, querida advogada nossa, na rica piedade de vosso coração não podeis ver infelizes sem que deles tenha compaixão; e na riqueza de vosso poder junto de Deus salvais a todos quantos protegeis("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário -Aparecida - SP, edição 1989, p. 153).

Rogai, pois, ó Maria, rogai por nós; intercedei por nós e sereis atendida e nós seremos salvos com certeza ("Glórias de Maria", S. Afonso de Ligório, Editora Santuário — Aparecida — SP , edição 1989, p. 159).
NOTA: A oração deve ser dirigida ao Pai em nome de Jesus (Jo 14.13-14).




Orar a Maria é, nada mais nada menos, do que colocar em dúvida a certeza das palavras: Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8). Antes que a Igreja Católica Romana existisse, já as antigas religiões pagas tinham suas Mães Misericordiosas, por exemplo, a deusa Kuanyin dos budistas e a rainha dos céus dos babilônios (Jr 7.18; 44.17-23-25). A assunção de Maria se dará com a de todos os crentes por ocasião do arrebatamento na segunda vinda de Jesus (1 Co 15.51-54; 1 Ts 4.16-17). Cristo é as primícias dos mortos e os que são dele participarão da ressurreição na mesma ocasião (1 Co 15.20-23).

MARIA FOI SEMPRE VIRGEM?
REFUTAÇÃO:

Maria teve outros filhos: na Bíblia - Mateus 12.46-50; Marcos 3.31-35; 6.3-4; Lucas 8.19-21. Maria, imaculada: Foi concebida e nasceu livre do pecado original. Dogma declarado pelo papa Pio IX, em 1854. Maria nasceu sob o pecado: na Bíblia - Lucas 1.47; Romanos 3.23; 5.12. Em Lucas 2.4-7, a Bíblia ensina-nos que Maria teve Jesus como o "seu filho primogênito", isto é, "o filho mais velho", "o que foi gerado em primeiro lugar", "o primeiro filho", de acordo com o significado da palavra e que aparece em qualquer dicionário; Jesus foi o filho primogênito de Maria e, ao mesmo tempo, o Filho Unigênito do Pai (Único) (João 1.14 e 3.16).


COMO REFUTAR O ARGUMENTO DE QUE OS IRMÃOS DE JESUS SÃO PRIMOS SEGUNDO A IGREJA ROMANA?

Como nos vem referido nas Sagradas Escrituras, além de irmãs, Jesus teve irmãos uterinos ou carnais (adelphos). São eles: Tiago, José, Judas e Simão (Marcos 6.3 e Mateus 13.55-56, ver também Lucas 8.19; João 2.12 e 7.3-5; 1 Coríntios 9.5; Gálatas 1.19; Salmo 69.8).

O termo grego para irmão é adelphos e para primo é anepsios. Se esses parentes fossem primos e não irmãos os evangelistas teriam usado a segunda palavra. Como está em Cl 4.10: “Saúda-vos Aristarco, prisioneiro comigo, e Marcos, primo (anepsios) de Barnabé (sobre quem recebestes instruções; se ele for ter convosco, acolhei-o)”.

Dentre os irmãos de Jesus vêm citados: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 12.46; Mc 3.31-35; 6.3; Jo 7.3-5,10; At 1.14). Ora, dizem os próprios evangelistas em outro texto (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) que Tiago era filho de Alfeu e Maria, parenta da mãe de Jesus. Dizem então que se chamam irmãos de Jesus os que, ao depois, dá explicitamente como filhos de outros progenitores. Trata-se pois — dizem — de primos-irmãos ou outros parentes. Refutando esse argumento apontamos que há um Tiago menor que está incluído entre os apóstolos.




VII - OS SACRAMENTOS
Pela palavra sacramento entende-se um sinal sensível e eficaz da graça instituído por Jesus Cristo, para santificar nossas almas ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Iaedição, agosto de 1976, p. 100, resposta à pergunta 516).
Os sacramentos são sete: Batismo, Confirmação ou Crisma, Eucaristia, Penitência, Extrema-unção, Ordem e Matrimônio ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, p. 101, resposta à pergunta 519).

Quais são os sacramentos mais necessários para nossa salvação?
Os sacramentos mais necessários para nossa salvação são dois: o batismo e a penitência; o batismo é necessário absolutamente para todos, e a penitência é necessária para todos aqueles que pecaram mortalmente depois do batismo.
Qual é o maior de todos os sacramentos"?
O maior de todos os sacramentos é o sacramento da Eucaristia, porque contém não só a graça, mas também o mesmo Jesus Cristo, autor da graça e dos sacramentos ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1 edição, agosto de 1976, p. 104).

1. BATISMO
O batismo é o sacramento pelo qual renascemos para a graça de Deus e nos tornamos cristãos. O sacramento do batismo confere a primeira graça santificante, que apaga o pecado original e também o atual, se o há; perdoa toda a pena por eles devida; imprime o caráter cristão faz –nos filhos de Deus, membros da Igreja e herdeiros do Paraíso, e torna-nos capazes de receber os outros sacramentos. O batismo é absolutamente necessário para a salvação, porque o Senhor disse expressamente: Quem não renascer na água e no Espírito, não poderá entrar no reino dos céus ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, pp.105-106,108 resposta às perguntas 549-550, 564).

Resposta Apologética:
O batismo é uma ordenança de Jesus, mas não um sacramento. Batizamo-nos porque somos salvos e não nos batizamos para sermos salvos (Mt 28.19; Mc 16.15-16). O versículo 16 declara que quem não crer será condenado e não quem não for batizado (Lc 5.24-34, 23.43; At 16.30-31) Jesus ensinou sobre as crianças que elas não se perdem (Mt 18.1-4; 19.13-14).

2. CONFIRMAÇÃO OU CRISMA
A Confirmação, ou Crisma, é um sacramento que nos dá o Espírito Santo, imprime na nossa alma o caráter de soldados de Cristo, e nos faz perfeitos cristãos ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 575, p. 110).

Resposta Apologética:
O Espírito Santo é dado ao que aceita o Senhor Jesus como Salvador (Jo 16.7-9; 14.16-18-26; 16.13-14) e não a incrédulos. Como confirmar o batismo de alguém que não foi biblicamente batizado. A fé precede o batismo (At 8.36-38) e o batismo precede a fé. Uma criança recém-nascida não tem condições de crer e confessar Jesus como Salvador.

3. EUCARISTIA:
Ensinando sobre a Eucaristia, diz a Igreja Católica: A Eucaristia é um sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual. Ensina que na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que está no céu. Esclarece ainda que essa mudança conhecida como transubstanciação ocorre no ato em que o sacerdote, na santa Missa, pronuncia as palavras de consagração: Isto é o meu Corpo; este é o meu sangue.

Deve-se adorar a Eucaristia?
A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Iaedição, agosto de 1976, resposta à pergunta 619).

Resposta Apologética:
Esta doutrina é contrária ao bom senso e ao testemunho dos sentidos - o bom senso não pode admitir que o pão e o vinho oferecidos pelo Senhor aos seus discípulos, na Ceia, fossem a sua própria carne e o seu sangue, ao mesmo tempo em que permanecia em pé diante deles vivo, em carne e osso. E manifesto que Jesus, segundo seu costume, empregou uma linguagem simbólica, que queria dizer: este pão que parti representa meu corpo que vai ser partido por vossos pecados; o vinho neste cálice representa meu sangue, que vai ser derramado para apagar os vossos pecados. Não há ninguém, de mediano bom senso, que compreenda, no sentido literal, estas expressões simbólicas do Salvador: Eu sou aporta, eu sou a videira, eu sou o caminho.





A razão humana não pode admitir tampouco o pensamento de que o corpo de Jesus, tal qual se encontra no céu (Lc 24.39; Fp 3.20), esteja nos elementos da Ceia. Como se admitir que Jesus desça aos altares romanistas revestido do corpo que teve sobre a terra, e se deixe prender nos altares católicos.
A Ceia é uma ordenança e não Eucaristia; era usado pão e não hóstia; é um memorial como se lê em 1 Coríntios 11.25-26; o Senhor Jesus usou muitas palavras de forma figurada: Eu sou a luz do mundo(Jo 8.12); Eu sou a porta (Jo 10.9); Eu sou a videira verdadeira (Jo 15.1). Jesus chamou na última Ceia os elementos de pão e vinho, sem dar qualquer motivo para se crer na transubstanciação. Adorar a Eucaristia é um ato de idolatria.

4. PENITÊNCIA:
A penitência, chamada também confissão, é o sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do batismo. Depois defeito o sinal da Cruz, o católico deve dizer: Eu me confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, a todos os Santos, e a vós, Padre, porque pequei. As obras de penitência podem reduzir-se a três espécies: à oração, ao jejum, à esmola. Os que morrem depois de ter recebido absolvição não vão logo para o céu vão para o purgatório, para ali satisfazer a justiça de Deus e se purificarem inteiramente. As almas podem ser aliviadas no Purgatório com orações, com esmolas, com todas as demais obras boas e com as indulgências, mas, sobretudo, com o Santo Sacrifício da missa. ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 788, p. 144).

Resposta Apologética:
Não há um só caso de alguém que tenha confessado os seus pecados a homens ou mesmo aos apóstolos. Em 1 João 1.7-9, João ensinou que devemos confessar nossos pecados a Jesus e que Ele é suficiente para perdoar. Se Pedro estivesse investido do poder de perdoar pecados, por que não pediu a Simão que se ajoelhasse em confissão, para resgate do seu pecado? Exortou a Simão que recorresse a quem tinha tal poder de perdoar pecados (At 8.22). Jesus disse à mulher pecadora,perdoados são os teus pecados (Lc 7.48), não ouviu Ele a confissão da mulher. Jesus ensinou a oração do Pai-nosso ao dizer: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim, como nós perdoamos aos nossos devedores (Mt 6.12). Na celebração da Ceia, Paulo recomendou que cada um de nós fizesse exame introspectivo (1 Co 11.28).

5. EXTREMA-UNÇÃO:

A extrema-unção é o sacramento instituído para alívio espiritual e também temporal dos enfermos em perigo de vida ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 805, p. 147).

Resposta Apologética:
Em Tiago 5.14-16, se recomenda chamar o presbítero para orar pelo enfermo para sua cura e não receber extrema-unção como uma recomendação do corpo sem a qual não se procede ao sepultamento cristão do corpo.

6. ORDEM:

A ordem é o sacramento que dá o poder de exercitar os ministérios sagrados que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas, e que imprime na alma de quem o recebe o caráter de Deus("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 811, pp. 148-149).

Resposta Apologética:
No Antigo Testamento, o sacerdócio era exercido por uma classe especial de homens que eram os descendentes de Arão. Hoje no Novo Concerto o sacerdócio é exercido por todos os cristãos e não por uma classe sacerdotal intermediária entre Deus e os homens. O apóstolo Pedro escreveu quecomo pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (1 Pe 2.5). Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9).


7. MATRIMÔNIO:

O matrimônio é um sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que estabelece uma união santa e indissolúvel entre o homem e a mulher, e lhes dá a graça de se amarem um ao outro santamente, e de educarem cristãmente seus filhos ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 826, p. 151).

Resposta Apologética:
O casamento é uma instituição divina e não um sacramento (Gn 2.18-24; Mt 19.4-6). Pedro foi considerado o primeiro papa e, entretanto, era casado (Mt 8.14-15). Paulo recomenda que o ministro seja casado (1 Tm 3.1-3).


VIII - A MISSA

Diz a Igreja Católica: A santa missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os nossos altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, em memória do sacrifício da Cruz ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 652, p. 122).
O livro "O Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", página 124, diz em resposta à pergunta 668: E coisa boa rezar também pelos outros, quando se assiste à santa missa; e até o tempo da santa missa é o mais oportuno para rezar pelos vivos e pelos mortos.


1.Diferença entre a Missa e o Sacrifício da Cruz

Explicando a diferença entre a relação que há entre o Sacrifício da Missa e o da Cruz, responde a Igreja Católica: Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta relação: que Jesus Cristo sobre a Cruz se ofereceu derramando o seu sangue para nós; ao passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e Morte ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 654, p. 123). Quanto à finalidade do Santo Sacrifício da missa, dentre outros, destaca a Igreja Católica: Oferece-se a Deus o Santo Sacrifício da Missa para os devidos fins:
1o - para honrá-lo como convém, e sob este ponto de vista o sacrifício é latrêutico;
2o - para Lhe dar graças pelos seus benefícios, e sob este ponto de vista o sacrifício é eucarístico;
3o - para aplacá-lo, dar-Lhe a devida satisfação pelos nossos pecados, para sufragar as almas do Purgatório, e sob este ponto de vista o sacrifício é propiciatório ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 657, p. 123).
Resposta Apologética:
Em Hebreus, afirma-se diversas vezes que o sacrifício de Cristo foi oferecido uma só vez e não há mais oferenda pelo pecado (Hb 9.11-12, 24-28; 10.10-14). Diz mais o escritor bíblico que onde há remissão de pecados não deve haver mais ofertas pelo pecado (Hb 10.17-18). Apoiando-se em Jo 6.53-56 a Igreja Católica interpreta a referência bíblica como base para o seu ensino. Entretanto, Jesus referindo-se às palavras que causaram escândalos a seus discípulos, afirmou que essa interpretação não era literal (Jo 6.63), explicando que suas palavras eram espírito e vida, O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.Considerando o que diz em Hebreus 9.22: que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, e que o sacrifício da missa é sem sangue, isto significa a inutilidade do sacrifício da missa.

IX - OS SANTOS

A Igreja Católica declara que os santos são pessoas que, durante suas vidas praticaram grande piedade e virtude. Essas pessoas, agora no céu, podem responder a nossas orações, podem ser veneradas, mas não adoradas.
Ensina a Igreja Católica:
E coisa boa e útil recorrer à intercessão dos santos?
É coisa utilíssima invocar os santos, e todo o cristão o deve fazer. Devemos invocar particularmente nossos Anjos da Guarda, São José, protetor da Igreja, os Santos Apóstolos, o santo do nosso nome e os santos protetores da diocese e da paróquia ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 339, p. 69).

Resposta Apologética:
Analisando essa prática romanista à luz da Bíblia e da História fica claro que são praticas pagas. O papa Bonifácio IV, em 610, celebrou pela primeira vez a festa a todos os santos e substituiu o panteão romano (templo pagão dedicado a todos os deuses) por um templo cristão para que as relíquias dos santos fossem ali colocadas, inclusive de Maria. Dessa forma, o culto aos santos e a Maria substituiu o dos deuses e deusas do paganismo.
A Bíblia não autoriza a invocação de santos. Os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinasse a orar e Jesus não mandou que fossem a Maria ou aos santos. Assim diz a Bíblia: E ACONTECEU que estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos. E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu (Lc 11.1-2).
Convidou a todos a irem até Ele para encontrar descanso para suas almas (Mt 11.28). Com clareza Jesus ensinou que nossa invocação deve ser feita ao Pai, em seu nome como lemos: E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (Jo 14.13-14). Os santos são apenas criaturas e infinitamente menores do que Deus. Não possuem os atributos da eternidade, onipresença, onipotência e onisciência. Não podem ouvir e responder a milhares e milhares de pedidos feitos pelos católicos ao mesmo tempo. Precisavam para atender a todos os pedidos que lhes fossem feitos que fossem como Deus, conhecendo os segredos do coração dos homens. Os cristãos são aconselhados a orar pelos vivos e uns pelos outros (Tg 5.16; Rm 15.30; Ef 6.18-19). É proibido orar a santos e anjos (Cl 2.18; Ap 19.10; 22.8-9; At 10.25-26; 14.11-18). Os santos têm consciência do que ocorre em torno deles no céu (Ap 6.9-11). O processo para canonização é longo. Santo, na Bíblia, é diferente do processo de canonização.
A palavra santo é relacionada com a palavra separado. A raiz significa que os santos são aqueles a quem Deus tem colocado separadamente para seu propósito (1 Co 1.1-2). Um santo, pois, é aquele que aceitou Jesus como seu único Salvador pessoal (Jo 1.12); nascido de novo (Jo 3.3) santificado em Cristo Jesus. A Bíblia não recomenda orar aos santos mortos. Por que fazê-lo, se temos o Senhor Jesus que pode socorrer perfeitamente aos que se chegam a Ele (Hb 7.25). Lemos que a purificação dos nossos pecados se dá pelo sangue de Cristo (1 Jo 1.7-9; 2.1-12). No livro de Apocalipse, 7.9-15, João viu uma grande multidão com vestidos brancos mostrando sua purificação pelo sangue de Jesus. Deus não pode perdoar pecados de quem não se arrepende nem aceita a oferta de salvação em Jesus (Mt 11.28-30).

X- IDOLATRIA

A Igreja Católica Romana insiste em dizer que não comete o pecado de idolatria quando os católicos se prostram diante da imagem de um suposto santo.
Ensina a Igreja Católica:

Que é idolatria ?
Chama-se idolatria o prestar a alguma criatura, por exemplo, a uma estátua, a uma imagem, a um homem, o culto supremo de adoração, devido só a Deus ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 358).


Como está expressa na Sagrada Escritura esta proibição1?
Na Sagrada Escritura está expressa esta proibição com as palavras: Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima, no céu, e do que há embaixo, na terra. E não adorarás a tais coisas, nem lhes dará culto ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 359, p. 74).

Que diferença há entre o culto que prestamos a Deus, e o culto que prestamos aos santos?
Entre o culto que prestamos a Deus e o culto que prestamos aos santos há esta diferença: que a Deus adoramo-Lo pela sua infinita excelência, ao passo que aos santos não os adoramos, mas só os honramos e veneramos como amigos de Deus e nossos intercessores junto dEle. 0 culto que prestamos a Deus chama-se latria, isto é, de adoração, e o culto que prestamos aos santos chama-se dulia, isto é, de veneração aos servos de Deus; enfim o culto especial que prestamos a Maria Santíssima chama-se hiperdulia, isto é, de especialíssima veneração, como Mãe de Deus("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 371, p. 76).

1. ADORAÇÃO PIRAMIDAL
ENTENDENDO A ESTRUTURA PIRAMIDAL DO CULTO DA IGREJA CATÓLICA ROMANA

LATRIA - ADORAÇÃO A DEUS
HIPERDULIA- DEVOÇÃO A MARIA
DULIA - DEVOÇÃO AOS SANTOS E AOS ANJOS

A Dificuldade do Catolicismo Romano em Justificar essa Teoria
Se os católicos romanos se limitassem a exaltar os heróis da fé e a propô-los como modelo a ser seguido, não haveria nenhum problema. Assim agem também os cristãos genuínos. Infelizmente não é isso que acontece, por mais que os líderes católicos romanos se esforcem nas suas infindáveis apologias. Suas explicações não passam de tentativas vãs e superficiais. Exemplo dessa tentativa é a teoria de três tipos de devoção: a latria, hiperdulia e dulia. Perguntamos: qual a diferença que pode haver entre a dulia e a hiperdulia} Qual a diferença das duas com a latria} A realidade é que os três termos se confundem, os dois termos {dulia e hiperdulia) podem ser envolvidos com a latria e tudo se torna uma distinção que não distingue coisa alguma.

Será que as pessoas que se prostram diante de uma imagem da Conceição Aparecida, ou de São João ou de São Sebastião ou de Jesus, sabem que estão cultuando em níveis diferentes? Ou para elas é tudo a mesma coisa? Imagine um católico romano bem instruído que vai para seu culto. Primeiramente ele pretende cultuar São João, então dobra seus joelhos diante da imagem de São João e oferece a dulia. Depois ele irá prestar culto a Maria, então ele deixa de praticar a dulia e passa a praticar a hiperdulia e finalmente ele deseja cultuar a Deus, então ele começa a praticar alatria.
Não acreditamos que o povo católico romano saiba diferenciar a dulia, a hiperdulia e latria, e mesmo que soubesse diferenciá-las, dificilmente conseguiria respeitar os limites de cada uma.

Qual é a Diferença?
Adoração e veneração. Há diferença entre adorar e prestar culto de veneração? Prostrar-se diante de uma imagem, dirigir a ela orações e ações de graça, fazer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de louvor se não for adoração, fica difícil saber o que o catolicismo romano entende por adoração. Chamar a isso de veneração é subestimar a inteligência humana.

Resposta Apologética:
Definindo a palavra idolatria Essa palavra vem do grego eidolon, ídolo, e latreuein, adorar. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição etc, que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos. Assim, idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras divinas ao mesmo. Esse deus falso pode ser representado por algum objeto ou imagem. A idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em Deus, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e, em vez de se submeterem a Deus, em algum sentido submetem-se a valores representados por aquela imagem.
Na idolatria, há certos elementos da criação que usurpam a posição que cabe somente a Deus. Podemos fazer da autoglorifícação um ídolo, como também das honrarias, do dinheiro, das altas posições sociais (Cl 3.5). Praticamente, tudo quanto se torne excessivamente importante em nossa vida pode vir a ser um ídolo para nós. A idolatria não requer a existência de qualquer objeto físico. Se alguém adora a um deus falso, sem transformar esse deus em alguma imagem, ainda assim é culpado de idolatria, porquanto fez de um conceito uma falsa divindade. Nesse caso há diferença entre ídolo e imagem.

Deus condenou os ídolos (Sl 115.4-8), e também condenou as imagens (Ex 20.1-6). Era expressamente proibido ao povo de Israel fabricar imagens esculpidas ou fundidas (Ex 20.4; Dt 5.8). Imagens ou representações de deuses imaginários eram feitas em materiais como pedra, madeira, pedras preciosas, argila, mármore etc. A lei mosaica proibia tal ação (Êx 34.17; Is 44.10-18; Lv 19.4).

Os profetas condenaram a prática com qualquer forma de idolatria (Is 30.22; 42.17; 45.20; Os 13.2; Hb 2.18). Essa legislação, como é óbvio, impedia que Israel se tornasse uma nação que cultivasse as artes plásticas, embora, estritamente falando, estas não fossem proibidas por lei. Tais leis não se aplicam às artes enquanto os produtos dessa atividade não forem venerados ou adorados. Ainda sobre a imagem há de se entender que em Êx 25.18.22, Deus ordenou que fizesse como ornamento e representação algumas figuras, mas não para adoração ou culto, nem para olhar para elas e homenagear ou admirar seus feitos poderosos. Trata-se de figuras de ornamento, artístico e não objetos de culto ou adoração.

SERPENTE DE BRONZE - Sobre a serpente de bronze, no hebraico, nachash nechosheth. A expressão é empregada exclusivamente em 2 Reis 18.4 para denotar a serpente feita de bronze, ou melhor, de cobre, por Moisés (Nm 21.4-9). Nossa versão portuguesa diz serpente de bronze. O motivo para a fabricação da serpente de bronze foi o incidente no qual os israelitas se queixaram diante de Moisés do tratamento imposto por Deus. O povo de Israel, evidentemente, sem se importar muito diante das suas anteriores tragédias, queixou-se de que estava recebendo uma alimentação inadequada. E Deus os castigou com as serpentes venenosas, que já haviam matado muitos israelitas.

Quando o povo se arrependeu, Deus ordenou que Moisés fizesse uma serpente de bronze, que muitos estudiosos preferem pensar que fosse de cobre. Aos israelitas foi prometido que todo aquele que tivesse sido picado por uma serpente e contemplasse a serpente de bronze, movido pela fé, seria curado da mordida da serpente e não morreria. Isso não é culto à serpente, nem veneração nem adoração, o que evidentemente Deus jamais admitiria. Prova disso foi que, posteriormente, indivíduos idolatras e supersticiosos entre os israelitas começaram a adorar a serpente de bronze, até que, nos dias do rei Josias, essa figura de bronze foi destruída (2 Rs 18.4), por haver-se tornado um objeto idolatra. Josias a chamou de Neustã (pedaço de cobre), dando a entender que a tal serpente era cobre e nada mais.

O fato de o próprio Senhor Jesus comparar a sua morte na cruz ao levantamento da serpente de bronze no deserto, por Moisés, não significa idolatria ou justificativa para colocar objetos ou imagens para veneração ou adoração, já que o uso aqui é figurado. Assim como tantos foram curados de seu envenenamento físico, assim também, em Jesus Cristo, aqueles que olharem para ele, impelidos pela fé, são salvos das eternas conseqüências do pecado e da morte. Assim, em João 3.14, nas palavras de Jesus, a serpente de metal torna-se um símbolo de Cristo como nosso Remidor, portanto, ao ser levantado (o que sucedeu na cruz, no caso de Jesus), Ele atrairia todos os homens a si (Jo 12.32), e a redenção por Ele preparada prove cura para o pecado e para a morte espiritual produzida pelo pecado.


Há também casos de ornamentação do templo de Deus ricamente construído por Salomão, como (1 Rs 6.23-30; 2 Cr 3.10-14) ou ainda a profecia da restauração do templo (Ez 41.17-20). Porém, todos esses objetos e imagens não eram para invocação, intercessão, culto ou adoração, mas apenas ornamento.
Assim, um ídolo representa alguma divindade, ou então é aceito como se tivesse qualidades divinas por si mesmo. Em qualquer desses casos, aquele objeto recebe adoração. Contudo, é possível haver uma imagem, sem que essa seja adorada, como no caso dos querubins que havia no templo de Jerusalém. Sem dúvida, esses querubins não eram adorados, nem eram padroeiros dos hebreus, nem intercediam por eles, nem eram recordação de alguém que eles amavam, tornaram-se uma exceção acerca da proibição de imagens. Uma imagem também pode ser um amuleto que é concebido como dotado de alguma forma de poder de proteger, de ajudar ou de permitir alguma realização.

E, naturalmente é possível a posse de uma imagem esculpida ou pintada, representando algum santo ou herói, religioso ou não, sem que a mesma seja adorada, por ser apenas um lembrete de que se deveria emular as qualidades morais e espirituais de tal pessoa. Por outro lado, quando tais imagens são veneradas então é provável que, na maioria dos casos, esteja sendo praticada a idolatria. As estátuas dos heróis no Brasil são comuns, mas nunca veneradas como deuses ou poderes divinos nem se fazem elaboradas cerimônias ou procissões com elas. Eles são relembrados como grandes mestres, cidadãos, líderes, e suas imagens são apenas memoriais desse fato.

O problema do catolicismo romano é que o fiel crê na intercessão feita por aquele santo, representado na imagem, pensam que o espírito daquele santo pode ajudar, proteger, guardar etc, daí todo tipo de objeto e representação material daquele santo passa a ser venerado, cultuado, adorado, e isso é idolatria. Além disso, as imagens desses santos são veneradas ou adoradas mediante alguma forma de cerimônia que supostamente lhes transmitem a honra e reverência do povo. Ora, se a imagem é apenas recordações dos nossos irmãos de fé, então por que se presta consagração à imagem, se faz procissão, se oferece flores, se beija, curva-se diante dela? Por que se ora a ela, faz pedidos, faz-se poesias e cânticos a ela? Assim sendo, a declaração católica romana de que a honra devolvida nas santas imagens éuma veneração respeitosa, não uma adoração, parece mais com uma charada teológica ou talvez o desejo de errar (Gl 6.7).

A Igreja Romana tem ensinado há séculos que os santos e Maria intercedem pelos fiéis. Ora, se eles estão mortos e seus espíritos são invocados, isso é invocação de pessoas que já morreram e isso é pecado (Is 8.19). Isso parece mais com espiritismo que com Cristianismo, além do mais, há um só mediador ou intercessor entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1 Tm 2.5).

Os católicos romanos insistem em dizer que não adoram nenhuma imagem, nenhum objeto e nenhuma pessoa humana, mas só a Deus, porém, na prática não é isso que se verifica. Os intelectuais romanistas, tal como seus colegas budistas, dizem que as imagens de escultura são apenas memórias de qualidades dignas de emulação, de santos ou heróis espirituais, o que, presumivelmente, ajudaria os religiosos sinceros a copiarem tais virtudes. Entretanto, o povo comum não é sofisticado o bastante para separar a imagem da adoração à autêntica distinção entre a adoração e veneração. O resultado disso é que a idolatria tornou-se muito comum na Igreja Católica, tanto no Oriente como no Ocidente.

De acordo com uma teologia católica, a imagem seria apenas um memorial de alguma verdade ou pessoa espiritual; e a veneração assim prestada seria dirigida àquela verdade ou pessoa, e não à imagem propriamente dita. Entretanto, no nível popular, as pessoas realmente veneram as próprias imagens, e a cuidadosa distinção entre adoração e veneração é forçada ao máximo, para dizermos o mínimo. Na verdade, a veneração de imagens, nas igrejas ocidentais e orientais, que foi tão vigorosa e corretamente repelida pela Reforma Protestante, é precisamente aquilo que os judeus e os islamitas diziam - é idolatria. Esse é um dos maiores escândalos da cristandade.

Teólogos católicos romanos têm chegado ao extremo de afirmar que os objetos materiais assemelham-se a entidades dotadas de espírito, capazes de atuar como pontes de ligação entre o que é material e o que é espiritual. Assim, não se trata apenas da imagem em si, mas o que está por detrás delas. Se os que morreram não podem interceder pelos que estão vivos, nem voltar para a terra (Lc 16.19-31; 1 Tm 2.5; Hb 9.27), como fica a situação dos romanistas que pedem ajuda e proteção, e mediação aos santos e Maria? Não estariam eles invocando espíritos? Se os mortos em Cristo estão com Cristo e os mortos no pecado estão no Hades, quem pode responder a essas invocações e orações? Não seriam os espíritos deste mundo, conforme nos escreve o apóstolo Paulo (1 Co 10.14-24 e 1 Co 8.4-6)?

É inevitável que, à proporção que os homens crescem em sua espiritualidade (oração e estudo da Palavra de Deus), que sua abordagem à pessoa de Deus torne-se cada vez mais mística e cada vez menos materialista. Os ritos vão perdendo mais e mais a sua importância, e as imagens terminam por ser abertamente rejeitadas. E, quando se obtém o contato direto com o Espírito Santo de Deus, de tal modo que se estabelece uma comunhão viva entre o Espírito de Deus e o espírito humano, então os homens não mais sentem qualquer necessidade de agência intermediária. Que isso ainda não tenha acontecido, no caso dos católicos romanos e outros, após tantos séculos de existência da Igreja Romana, somente demonstra o fato de que os homens, a despeito de tantas vantagens, não têm progredido muito em sua espiritualidade.

Assim, por trás do ensinamento romanista de que a honra devolvida nas santas imagens é uma veneração respeitosa, está a intenção de se ver protegido, guardado, ou que o santo representado na imagem venha a interceder pelo pedinte, e isso é pecado de idolatria, pois só há um mediador (1 Tm 2.5) e de feitiçaria, pois os espíritos dos mortos não podem ser invocados pelos vivos (Is 8.19).
Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém (1 Jo 5.21).
Portanto, a palavra idolatria é: Prestar culto divino a uma criatura ou prestado a um objeto fabricado, no qual se supõe qualquer coisa de Deus. Os católicos procuram minimizar o problema afirmando que não prestam adoração às imagens, mas apenas as veneram.

Argumento católico:
Defendem-se dizendo que Deus mandou fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da arca da aliança (Ex 25.18-20); que mandou fazer a serpente de bronze (Nm 21.8-9); e o templo de Salomão foi enfeitado com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (1 Rs 6.23-35; 7.29). Afirmam que Deus proíbe apenas fazer deuses falsos e adorá-los, mas Ele não proíbe outras imagens.

Os querubins. A passagem bíblica dos querubins do propiciatório da arca da aliança (Ex 25.18-20), advogada pelos teólogos romanistas, não se reveste de sustentação alguma. Porque não existe na Bíblia uma passagem, sequer, de um judeu dirigir suas orações aos querubins, ou depositar sua fé neles, ou pagar-lhes promessas. Esse propiciatório era a figura da redenção em Cristo (Hb 9.5-9). A Bíblia condena terminantemente o uso de imagem de escultura como meio de cultuar a Deus (Êx 20.4-5; Deuteronômio 5.8-9). O culto aos santos e a adoração a Maria, à luz da Bíblia, desclassificam o catolicismo) romano como religião cristã. É idolatria (1 Jo 5.21).

Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás (Mt 4.10). Em Apocalipse de João lemos: E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus- Adora a Deus;porque o testemunho de Jesus éo espírito de profecia (Ap 19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por Cornélio (At 10.25-26).

XI- INDULGÊNCIAS
Define a Igreja como indulgência: A indulgência é a remissão da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, remissão que a Igreja concede fora do sacramento da penitência("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 793, p. 145).
Ensinando que o papa é o Vigário de Cristo e o Cabeça da Igreja, pode ele sacar do Tesouro da Igreja os bens de que a Igreja é depositária. Ela constrói a sua doutrina sobre Mateus 16.19, onde se lê: E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

1. OS TIPOS DE INDULGÊNCIAS
Existem modalidades diferentes de indulgências: quanto ao tempo de duração e quanto ao lugar. Quanto ao tempo de duração, existem as indulgências plenárias ou completas e as indulgências parciais. Nas indulgências plenárias ou completas, o pecador é isento das penalidades desta vida e da que há de vir no purgatório. O ensino católico sobre as indulgências plenárias é: A indulgência plenária éa que perdoa toda a pena temporal devida pelos nossos pecados. Por isso, se alguém morresse depois de ter recebido esta indulgência, iria logo para o céu, inteiramente isento das penas do Purgatório("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 798, p. 146). Nas indulgências parciais, a isenção das penas é dada por um tempo determinado de dez, vinte ou trinta dias.
Quanto ao lugar, as indulgências universais são para uso de todas as Igrejas em toda parte. As indulgências particulares são para uso da igreja específica ou de relicários.

Resposta Apologética:
A Bíblia afirma que após a morte segue-se o juízo (Hb 9.27). Como afirmamos, existem dois lugares apontados para depois desta vida e, num dos dois, todos os homens se encontrarão. Jesus falou do céu ao afirmar: Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. E falou do inferno, dizendo: Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos... E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (Mt 25.34,41,46).

Jesus disse ao ladrão arrependido: E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lc 23.43). A mulher perdida que ungiu os pés de Jesus com suas lágrimas, arrependida dos seus pecados, ele falou: E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz (Lc 7.48-50).
Paulo não esperava o purgatório nem admitia indulgências. Falou o seguinte: Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho (Fp 1.21).

XII- PURGATÓRIO

A doutrina do purgatório foi aprovada em 1439, no Concilio de Florença, confirmada definitivamente no Concilio de Trento (1549-1563), mas ela já existia desde 1070. Essa doutrina ensina que os cristãos parcialmente santificados, que são a maioria, passam por um processo de purificação para depois entrar no céu. Essa crença veio do paganismo e é muito antiga, e não há espaço para ela na Bíblia.

A Igreja Católica ensina:
Vão logo para o céu os que morrem depois de ter recebido a absolvição, mas antes de terem satisfeito plenamente a justiça de Deus? Não; eles vão para o Purgatório, para ali satisfazerem à justiça de Deus e se purificarem inteiramente ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 787, p. 144).

Em seguida é feita a seguinte pergunta:
Podem as almas que estão no Purgatório ser aliviadas por nós nas suas penas?
Sim, as almas que estão no Purgatório podem ser aliviadas com orações, com esmolas, com todas as demais obras boas e com as indulgências, mas, sobretudo, com o Santo Sacrifício da Missa("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., Ia edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 788, p. 144).

Refutação:
A Igreja Católica descobriu quatro lugares no além: céu, inferno, purgatório e limbo. Para o limbo vão as pobres crianças que morrem sem batismo. Não vão para o inferno, dizem, mas ficam numa sombra eterna, sem penas, sem sofrimentos, mas também sem gozo algum. A Bíblia diz que o batismo não salva ninguém (At 10.47; Ef 2.8-9; Mt 3.15; Tt 3.5). Não ficou satisfeita com o que Cristo mencionou: dois caminhos, duas portas, dois fins (Mt 7.13-14; 25.34-46). A Bíblia menciona esses dois lugares depois desta vida: o céu e o inferno, que nas línguas originais bíblicas são assim chamados: Seol, Hades, Geena (Lc 16.19-31; 12.4-5). Para o cristão não há mais condenação (João 5.24; Romanos 8.1), pois alcançou justificação pela fé (Rm 5.1). O purgatório do cristão é o sangue de Cristo que nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7-9).

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